Legisladores na Duma Estatal Russa durante a votação pela retirada da ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares| Foto: EFE/EPA/RUSSIAN STATE DUMA PRESS SERVICE
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A Câmara dos Deputados da Rússia, a Duma do Estado, aprovou nesta terça-feira (17) um projeto de lei que revoga a ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT).

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A iniciativa contou com apoio de 440 dos 450 legisladores que compõem a Duma, votaram 412 deputados, o que implica em uma unanimidade entre todos os legisladores que estiveram presentes na câmara.

O projeto, que ainda precisa ser votado em segunda e terceira leituras nos próximos dias, foi aprovado sem debate.

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“É uma medida sábia, completamente correta e oportuna”, disse o deputado Leonid Slutsky, presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma, ao apresentar no último dia 5 o projeto de lei sugerido pelo presidente russo, Vladimir Putin.

É uma decisão, acrescentou Slutsky, “em prol da paz e da segurança no planeta”.

Antes da votação, o presidente da Duma, Viacheslav Volodin, disse que os Estados Unidos pediram aos deputados da Duma que não aprovassem a revogação da ratificação do CTBT.

“Eles não o ratificam há 23 anos e agora se lembraram de nós”, disse, enfatizando que a decisão da Duma será uma “mensagem” para os americanos. “Deveríamos ter revogado a ratificação há muito tempo”, afirmou ainda.

Antes da sessão parlamentar, Volodin disse no Telegram que Washington não ratificou o CTBT “devido aos seus padrões duplos, à sua atitude irresponsável em relação às questões de segurança global”.

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Segundo o legislador, a revogação da ratificação do tratado é um passo que visa garantir a segurança da Rússia.

“Washington deve finalmente compreender que sua hegemonia não leva a nada de bom. É necessário um diálogo baseado nos princípios do respeito mútuo, sem duplicidade de critérios e sem interferência nos assuntos internos dos Estados soberanos”, afirmou Volodin.

Ao mesmo tempo, as autoridades russas salientaram que a revogação da ratificação no ano 2000 do tratado, assinado pela Rússia quatro anos antes, não significa que o Kremlin vá retomar os testes nucleares, pelo menos por enquanto, uma vez que "a moratória permanece" em vigor.

“O presidente russo formulou isso muito claramente: devemos preparar nossos polígonos de teste para retomar os testes. No entanto, na prática, os testes só podem ser retomados depois que os EUA realizarem testes semelhantes”, explicou o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov. (Com agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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