Ottawa (AFP) Foi detectado na Rússia um novo caso de gripe aviária, o segundo em menos de duas semanas. Por conta da descoberta feita ontem, as autoridades impuseram uma barreira sanitária à cidade de Tanbov, localizada a 400 quilômetros de moscou. No canadá, ministros da Saúde e especialistas de cerca de 30 países, a maioria europeus, estão reunidos em Ottawa com o objetivo de reforçar a cooperação internacional diante do temor de que ocorra uma pandemia de gripe aviária. "A questão fundamental é que nenhum país pode tratar o problema por si só. O mundo deve se unir. Esse é o objetivo desta reunião", disse o primeiro-ministro canadense, Paul Martin.
Dirigentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) também participam do encontro, que é celebrado a portas fechadas. O avanço em direção ao ocidente do vírus da gripe aviária é "um problema internacional que requer uma resposta mundial", disse o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf.
A cepa H5N1 do vírus da gripe aviária provocou mais de 60 mortes humanas na Ásia desde que surgiu em 2003. Supõe-se que os contágios ocorreram de aves para humanos e não entre humanos, mas especialistas alertam para o perigo de o vírus sofrer uma mutação, o que pode desencadear uma pandemia com milhões de mortos. Diouf pediu US$ 175 milhões para financiar a vacinação de aves nos países onde a doença é endêmica.