A Rússia retomou nesta sexta-feira (8) ataques com mísseis de cruzeiro contra a Ucrânia, que não eram realizados em grande escala desde o final de setembro.
Segundo o Comando da Força Aérea Ucraniana, foram disparados 19 mísseis, dos quais 14 foram interceptados, nas regiões de Kiev e Dnipropetrovsk.
“Após uma longa pausa de 79 dias, o inimigo retomou os ataques com mísseis de cruzeiro lançados por aeronaves estratégicas Tu-95MS. Preliminarmente, aproximadamente dez porta-mísseis bombardeiros dispararam mísseis de cruzeiro do tipo Kh-101/555/55 da área da cidade de Engels, região [russa] de Saratov”, escreveu Serhii Popko, chefe militar de Kiev, no Telegram.
Todos os mísseis direcionados a Kiev foram interceptados, mas algumas residências sofreram danos devido à queda de destroços, informou a CNN, citando fontes locais.
Na cidade de Pavlohrad, no oblast de Dnipropetrovsk, região central da Ucrânia, uma pessoa foi morta e quatro ficaram feridas.
Em Kharkiv, no nordeste ucraniano, uma pessoa foi morta e outras ficaram feridas em ataques noturnos, informou a CNN; além disso, um edifício residencial de cinco andares foi danificado no distrito de Kupiansk e pelo menos sete edifícios de apartamentos e mais de 20 carros foram danificados na cidade de Kharkiv.
Em 11 de novembro, Kiev foi alvo de ataque com míssil pela primeira vez em 52 dias, com um míssil balístico disparado contra a capital ucraniana sendo interceptado por um sistema de defesa aérea Patriot.
O jornal Kyiv Post informou que autoridades ucranianas alertaram que a Rússia deve intensificar seus ataques com mísseis nas próximas semanas, com a chegada do inverno europeu.
Em meio à nova ofensiva russa, a Ucrânia sofre com a debandada de aliados. Polônia e Eslováquia cortaram ajuda militar a Kiev e na quarta-feira (7) os republicanos no Senado americano votaram por unanimidade para bloquear um projeto de lei de gastos emergenciais que prevê US$ 110,5 bilhões em recursos para a Ucrânia, Israel e outras necessidades de segurança.
A oposição ao presidente Joe Biden quer que mais recursos sejam aplicados no controle migratório na fronteira com o México.