O Kremlin disse que está preocupado com o possível anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel. A mudança poderia aumentar as tensões na região e desencadear protestos potencialmente violentos no Oriente Médio, onde a maioria muçulmana se opõe fortemente à ideia.
Falando a repórteres em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que "a situação não é fácil". Ele afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, discutiu a questão com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, na terça-feira (5) e expressou preocupação com uma "possível deterioração" das relações na região.
Peskov disse, no entanto, que o Kremlin se absteria de comentar uma decisão que ainda não tivesse sido anunciada.
Reunião muçulmana
O porta-voz do governo da Turquia, Ibrahim Kalin, disse que o presidente Recep Tayyip Erdogan está convidando líderes dos membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) para uma reunião extraordinária para discutir o status de Jerusalém na próxima semana.
Kalin disse a repórteres nesta quarta-feira (6) que a reunião, prevista para 13 de dezembro, dará oportunidade aos líderes dos países muçulmanos para que atuem em conjunto e se coordenem após o anúncio de Trump.
Kalin também afirmou que o país pede que o governo dos EUA "se afaste imediatamente desse grave erro que praticamente eliminará o frágil processo de paz no Oriente Médio". Na terça-feira, Erdogan comentou que Jerusalém era uma "linha vermelha" para os muçulmanos e poderia levar a Turquia a cortar os laços diplomáticos com Israel.
Com informações da Associated Press.
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