O presidente americano, Joe Biden, que chamou o chinês Xi Jinping de ditador em evento na Califórnia na terça-feira (20)| Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO
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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta quarta-feira (21) que a declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na qual chamou o chinês Xi Jinping de ditador, denota “imprevisibilidade” e incoerência na política externa americana.

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Em declarações reproduzidas pela agência Tass, Peskov afirmou que o comentário de Biden foi “uma manifestação totalmente contraditória da política externa dos Estados Unidos, o que indica um grande elemento de imprevisibilidade”.

“Por outro lado, é também uma continuação das tendências paternalistas e mandonas na política externa dos Estados Unidos, que já se tornaram inaceitáveis para muitos países, e o número deles [países insatisfeitos] continua crescendo”, argumentou o porta-voz.

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Peskov apontou que no último fim de semana o secretário de Estado americano, Antony Blinken, esteve na China e, após declarações “conciliatórias” de representantes das duas maiores economias do mundo, “vem uma atitude incompreensível da parte do chefe de Estado [Biden] para cancelar isso”.

Biden se referiu a Xi como um ditador na terça-feira (20), durante um evento para arrecadação de fundos para a sua campanha de reeleição em Kentfield, na Califórnia.

O presidente americano lembrou o episódio do balão espião chinês derrubado pelos Estados Unidos enquanto sobrevoava o território americano em fevereiro, e alegou que Xi se sentiu “envergonhado”, pois “não sabia que [o balão] estava ali”.

“Essa é a grande vergonha dos ditadores, quando não sabem que algo aconteceu”, disse o presidente dos EUA.

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