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Crise

Rússia diz que defenderá seus compatriotas na Ucrânia

Homenns armados, provavelmente do Exército russo, caminham em uma base militar em Perevalnoye, próximo da Criméia | REUTERS/Vasily Fedosenko
Homenns armados, provavelmente do Exército russo, caminham em uma base militar em Perevalnoye, próximo da Criméia (Foto: REUTERS/Vasily Fedosenko)

Pouco antes de um encontro em Londres entre ministros de Estado da Rússia e dos Estados Unidos para tratar a crise na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia elevou o tom da tensão. Uma declaração da chancelaria nesta sexta-feira (14) afirmou que o país se reserva o direito de defender seus compatriotas na Ucrânia. "Consciente de sua responsabilidade pela vida dos compatriotas e concidadãos na Ucrânia, a Rússia se reserva o direito de defendê-los", disse uma declaração da chancelaria russa.

Enquanto isso, um navio russo descarregou tropas, caminhões e ao menos um veículo blindado para transporte de pessoal em um baía perto de Sebastopol, na Crimeia, nesta sexta-feira, à medida que Moscou continua ampliando sua presença militar na península ucraniana. Um jornalista da Reuters viu caminhões saindo do navio Yamal 156 na baía de Kazachaya, perto de Sebastopol. Um caminhão estava transportando um veículo blindado.

Na segunda-feira, um jornalista da Reuters viu uma coluna de ao menos 100 veículos russos, incluindo caminhões e blindados para transporte de tropas e artilharia móvel, em uma estrada na mesma área. O local pertence à Ucrânia e fica a cerca de 15 quilômetros do porto de Sebastopol, que Moscou arrenda da Ucrânia para sediar sua frota do mar Negro.

Autoridades da Crimeia favoráveis à Rússia negam a presença de tropas russas na península fora da base de Sebastopol, apesar de os homens mascarados que cercam as instalações militares ucranianas dirigirem veículos com placas russas e de se identificaram aos soldados ucranianos como tropas russas.

A Marinha da Rússia disse nesta sexta-feira que caças de combate começaram exercícios de treinamento sobre o mar Mediterrâneo, um anúncio que deve elevar a tensão com a Ucrânia a respeito do futuro da Crimeia. O porta-voz da Marinha Vadim Serga disse à agência de notícias Interfax que as incursões começaram a partir do porta-aviões Almirante Kuznetsov, que chegou na semana passada ao Chipre, e que o treinamento inclui táticas para atingir alvos aéreos e outras técnicas de batalha.

Entre as aeronaves envolvidas no treinamento estão caças de defesa aérea Sukhoi SU-33 e helicópteros Kamov Ka-27.

Os voos vão continuar se as condições climáticas forem favoráveis, disse Serga. Ela não mencionou a crise com a Ucrânia sobre a península da Crimeia, no mar Negro, que foi tomada por forças russas.

A Marinha dos Estados Unidos enviou um destróier com mísseis teleguiados, o USS Truxtun, para o mar Negro, no que disse se tratar de um deslocamento de rotina previsto antes da crise com a Ucrânia.

Os moradores da Crimeia vão votar no domingo (16) sobre a adesão à Rússia ou por uma maior autonomia da Ucrânia, um passo que autoridades pró-Rússia dizem que seria um trampolim para se unir a Moscou no futuro.

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