A Rússia acusou os EUA de alimentarem a instabilidade na Geórgia, nesta quarta-feira (3), mesmo dia em que o vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, chegou à região para dar apoio à ex-República Soviética, hoje uma aliada de Washington.
Os EUA condenaram os russos por enviarem soldados e tanques para o território georgiano, no mês passado. Mas a Rússia respondeu que o governo norte-americano havia ajudado a detonar o conflito ao não controlar a Geórgia.
Cheney voou para o Azerbaijão, país produtor de petróleo e vizinho do território georgiano que mantém boas relações com os EUA, na primeira escala de uma viagem que incluirá além da Geórgia a Ucrânia.
"Precisamos esperar até que o senhor Cheney desembarque efetivamente na Geórgia para vermos como ele interpreta a situação", disse a repórteres Andrei Nesterenko, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Mas todas esses apelos feitos (pelo governo norte-americano) ao governo georgiano para que ele restabeleça seu poderio militar destruído não servem para promover a estabilização da região", afirmou.
Sublinhando o apoio dos EUA à Geórgia, o USS Mount Whitney, sofisticado navio de comando da Sexta Frota Naval norte-americana, encontra-se "a caminho da Geórgia" carregado com mais de 17 toneladas de material de ajuda humanitária, disse um porta-voz da Marinha.
O governo dos EUA anunciou nesta quarta-feira um pacote de 1 bilhão de dólares para ajudar os georgianos a reconstruírem as instalações danificadas no conflito, afirmou uma autoridade norte-americana.
Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um empréstimo de 750 milhões de dólares para a Geórgia, afirmou Eka Sharashidze, ministra do Desenvolvimento Econômico do país.
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