![Rússia diz que informação de jornal sobre negociações de paz é “incorreta” Manifestações pelo fim da guerra ocorrem em vários lugares do mundo](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/03/17105338/8014162384001w-900x540.jpg)
O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, classificou como "incorreta" a informação da existência de um plano de paz de 15 pontos que o país estaria negociando com a Ucrânia. O suposto documento discorreria sobre um cessar-fogo, retirada de tropas e neutralidade do país vizinho com relação à Otan.
O secretário de imprensa do governo russo disse, em entrevista coletiva telefônica, que o plano, noticiado na quarta-feira (16) pelo jornal britânico "Financial Times", "contém uma grande quantidade de compilações e informações que estavam no campo público, sobre os assuntos que estão na agenda" das conversas com Kiev.
"Mas, está tudo compilado incorretamente e, de fato, é incorreto. Mas, há elementos corretos, mas não em geral. Isso não está certo", explicou Peskov. O porta-voz afirmou hoje que "o trabalho continua" e que, quando houver progresso, isso será informado.
O "Financial Times", que cita três fontes ligadas às negociações, apontou que as missões de Rússia e Ucrânia abordaram na segunda-feira (14) um rascunho de acordo, que implicaria em renúncia de Kiev a entrar na Otan e acolher bases militares estrangeiras, em troca de receber proteção de países como Estados Unidos, Reino Unido ou Turquia.
O assessor do gabinete da Presidência da Ucrânia, Mikhail Podoliak, afirmou na quarta (16), em postagem no Twitter, que o documento apresentado pelo jornal britânico apenas apresenta as demandas russas na negociação, "nada mais".
"A parte ucraniana tem suas próprias posturas. O único ponto que confirmamos neste momento é o cessar-fogo, a retirada das tropas russas e garantia de segurança de uma série de países", escreveu o assessor, que também participa das negociações.
Além disso, Podoliak afirmou que as posições só poderão se tornar realidade a partir de um diálogo direto entre os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Rússia, Vladimir Putin.
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