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Autoridades russas anunciaram nesta quinta-feira (28) que prenderam um suposto financiador do ataque terrorista perpetrado no Crocus City Hall, na capital do país, Moscou, na última sexta-feira (22).
Tal ataque culminou até o momento na morte de 143 pessoas e em mais de 100 feridos, bem como cerca de 95 desaparecidos.
O Comitê Investigativo da Rússia, que está cuidando do caso, disse que o suposto financiador foi identificado, detido e colocado em prisão preventiva. No entanto, no anúncio sobre a prisão deste indivíduo, as autoridades russas voltaram a tentar ligar o crime à Ucrânia, mesmo com o grupo terrorista Estado Islâmico do Khorasan tendo assumido publicamente a autoria do massacre que ocorreu na capital.
O comitê alega que obteve "informações verificáveis de que os perpetradores do ataque terrorista receberam quantias significativas de dinheiro e criptomoedas, que foram usadas na preparação do crime, da Ucrânia", mas, até o momento, não apresentou provas concretas para basear tal acusação.
"O vínculo dos terroristas detidos com nacionalistas ucranianos foi obtido através da análise de seus dispositivos eletrônicos e transações financeiras", disse o comitê.
O ditador russo, Vladimir Putin, vem tentando ligar o caso à Ucrânia desde o seu pronunciamento sobre o ataque. Ele já chegou a dizer que o atentado foi obra de "islamistas radicais" que tentaram fugir para a Ucrânia, mas foi desmentido pelo seu homólogo de Belarus, o ditador Alexander Lukashenko, que afirmou que na verdade os terroristas tentaram escapar por Belarus.
A Ucrânia já negou por diversas vezes ter tido envolvimento no ataque.