![Rússia diz que presidente sírio está pronto para compartilhar o poder | RIA NOVOSTI/REUTERS](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/09/88029reiec-0409117-kw5h-u1016443405156bc-1024x657-1.0.1679735911-gpLarge.jpg)
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (4) que o presidente sírio, Bashar al-Assad, está pronto para realizar eleições parlamentares antecipadas e poderia dividir o poder com uma oposição “saudável”.
A Rússia e o Irã têm sido os principais aliados internacionais de Assad na guerra que se desencadeou na Síria há quatro anos e meio e já causou cerca de 250.000 mortes.
O governo russo deixou claro que não quer ver Assad derrubado, por isso, aproveitou os avanços feitos pelo Estado Islâmico no Iraque e Síria para incitar seus rivais estrangeiros, incluindo os Estados Unidos e a Arábia Saudita, a trabalhar com o governo sírio para combater o inimigo comum.
“Nós realmente queremos criar algum tipo de coalizão internacional para lutar contra o terrorismo e o extremismo”, declarou Putin aos jornalistas à margem do Fórum Econômico do Leste, em Vladivostok, dizendo ter conversado com o presidente dos EUA, Barack Obama, sobre o assunto.
“Também estamos trabalhando com nossos parceiros na Síria. Em geral, o entendimento é que esta união de esforços na luta contra o terrorismo deve ocorrer em paralelo com algum processo político na própria Síria”, disse Putin.
“E o presidente sírio concorda com isso, todo o longo caminho até à realização de eleições antecipadas, digamos, parlamentares, estabelecendo contatos com a chamada oposição saudável, trazendo-a para governar”, disse ele.
Moscou quer que a coalizão liderada pelos EUA nos ataques aéreos contra as posições do Estados Islâmico coordene esforços com os Exércitos da Síria e do Iraque e grupos rebeldes moderados anti-Assad, bem como forças curdas.
Inimigos de Assad se recusam a cooperar com Damasco, temendo que isso ajude a legitimar seu governo na Síria, onde os Estados ocidentais e do Golfo Pérsico dizem que ele é parte do problema, não a solução, e por isso tem de deixar o cargo.
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