A Rússia disse nesta terça-feira que novas sanções da União Europeia contra o Irã prejudicam as tentativas internacionais de resolver as preocupações sobre o programa nuclear do país, atrapalhando as esperanças de uma cooperação mais próxima entre Moscou e o Ocidente sobre a questão.
Ministros das Relações Exteriores aprovaram na segunda-feira uma série de novas restrições ao Irã que foram muito além das sanções da aprovadas pela Organização das Nações Unidas no mês passado, inclusive uma proibição de negociações com bancos e companhias de seguros iranianos, assim como medidas para impedir investimentos no lucrativo setor de petróleo e gás natural de Teerã.
"Isso não apenas mina nossos esforços conjuntos para buscar um acordo político e diplomático sobre o programa nuclear iraniano, mas também o desprezo pelas provisões cuidadosamente calibradas e coordenadas das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", disse o Ministério de Relações Exteriores russo em comunicado.
O uso de sanções fora da estrutura do Conselho de Segurança da ONU é "inaceitável", disse o comunicado.
A Rússia condenou na segunda-feira um ataque verbal do presidente iraniano contra o presidente russo, Dmitry Medvedev, aumentando a divergência entre os dois países depois que Moscou cedeu à pressão do Ocidente para apoiar as sanções da ONU.
Mas o comunicado do ministério indicou que Moscou também tinha desacordos signifcativos com o Ocidente sobre a questão iraniana.
Além das sanções da UE, o comunicado criticou as sanções unilaterais dos Estados Unidos aprovados pelo Congresso no dia 24 de junho com o objetivo de pressionar os setores energético e bancário do Irã.
"Lamentamos dizer que as recentes medidas da União Europeia e dos Estados Unidos para pressionar o Irã mostram o desprezo pelos princípios de colaboração", disse o comunicado.