Rússia diz que responderá caso Kiev siga com os ataques à infraestrutura energética

A Rússia ameaçou, neste sábado (22), a Ucrânia, indicando que responderá se o país continuar com seus ataques à infraestrutura energética russa, apesar da trégua declarada por Moscou esta semana.

"Advertimos com firmeza que, se o regime de Kiev continuar seu curso destrutivo, o lado russo se reserva o direito de responder, inclusive de maneira simétrica", disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em um comunicado publicado no site da pasta.

Denunciou que Kiev continua com seus ataques "traiçoeiros", apesar do acordo alcançado com os Estados Unidos, que "Kiev, aparentemente, apoiou".

Lembrou dos ataques desta semana contra instalações nas regiões de Kursk e Krasnodar, onde atingiram uma estação de compressão de gás e um depósito de petróleo, respectivamente.

"Está claro que, com essas ações, Kiev está mais uma vez demonstrando sua incapacidade de cumprir acordos, bem como sua falta de vontade de alcançar a paz", observou.

E acusou Kiev, como fez em 2022 — após o acordo inicial em Istambul — de apostar em provocações para "torpedear o processo de paz".
Até agora, segundo o Kremlin, apesar das provocações inimigas, o presidente Vladimir Putin não revogou a ordem de cessar os ataques, embora tenha continuado na noite passada os bombardeios em massa contra outros tipos de infraestrutura no país vizinho.

Moscou declarou na última terça-feira (18) uma trégua energética unilateral, que Kiev não aceitou, pois está pendente de negociações de nível especializado entre os Estados Unidos e ambos os lados na Arábia Saudita, nesta segunda-feira (24), de acordo com o Kremlin.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quer que a trégua inclua toda a infraestrutura civil, não apenas a energia, e enviou uma lista aos EUA para ser analisada por Moscou.

Também afirmou que os drones continuarão atacando alvos em território russo até que a trégua seja firmada por escrito.