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Iranianos carregam o retrato do falecido líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e bandeiras palestina e iraniana durante um protesto na Universidade de Teerã, nesta quarta-feira (31)
Iranianos carregam o retrato do falecido líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e bandeiras palestina e iraniana durante um protesto na Universidade de Teerã, nesta quarta-feira (31)| Foto: EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH

A Rússia, que tem mantido contato próximo com o grupo terrorista Hamas desde o início da guerra, condenou nesta quarta-feira (31) o “assassinato” em Teerã do líder Ismail Haniyeh, atribuído pela milícia a Israel.

“Condenamos veementemente o assassinato do chefe do gabinete político do movimento palestino Hamas, Ismail Haniyeh, como resultado de um ataque com mísseis à sua residência em Teerã”, disse Andrei Nastasin, um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores russo, em entrevista coletiva.

O diplomata russo destacou que “não há dúvida de que o assassinato de Haniyeh terá um impacto muito negativo no progresso dos contatos indiretos entre Hamas e Israel, no âmbito dos quais foram acordadas condições mutuamente aceitáveis ​​para um cessar-fogo na Faixa de Gaza".

Moscou também apela “a todas as partes para que se contenham e se abstenham de medidas que possam levar a uma dramática degradação da situação de segurança na região e provocar um confronto armado em grande escala”.

O regime russo, liderado por Vladimir Putin, também condenou os ataques israelenses contra Beirute, que "representam uma grosseira violação da soberania do Líbano e das normas básicas do direito internacional".

O Hamas, que a Rússia não reconhece como organização terrorista e com cujos representantes manteve consultas nos últimos anos em Moscou, culpou Israel pelo assassinato de Haniyeh e prometeu que sua morte “não ficará impune”.

O regime comunista da China também se manifestou no mesmo sentido, condenado o “ato de assassinato” que acabou com a vida do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e advertiu para a possibilidade de que isto se traduza em um agravamento do conflito na região.

“Prestamos muita atenção a esta questão e estamos preocupados que isso provoque uma escalada na região”, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

“As disputas devem ser resolvidas através de negociações. Um cessar-fogo em Gaza deve ser alcançado o mais rapidamente possível para evitar uma escalada do conflito”, afirmou o porta-voz.

EUA afirmam que “nada anula importância de cessar-fogo”

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou nesta quarta-feira (31) em Singapura que nada anula a importância de se alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, ao comentar o impacto no conflito do assassinato do líder político do grupo islâmico palestino Hamas, Ismail Haniyeh.

“Vi as informações e o que posso dizer neste momento é que nada anula a importância de se conseguir um cessar-fogo”, declarou Blinken durante uma coletiva de imprensa na Universidade Nacional de Singapura, quando questionado sobre a morte de Haniyeh.

“Não vou especular sobre o impacto que qualquer evento possa ter”, disse Blinken, acrescentando: “o que sei é que continuaremos trabalhando todos os dias na prevenção de uma escalada do conflito”.

O chefe da diplomacia americana também ressaltou a importância de “trazer de volta os reféns, aliviar o sofrimento dos palestinos e colocar a situação em um caminho melhor não só em Gaza, mas em toda a região”.

“Trabalhamos todos os minutos de cada dia para que isso aconteça”, reiterou.

Horas antes dos comentários de Blinken, que está em viagem oficial pela Ásia, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, comentou nas Filipinas que a escalada do conflito no Oriente Médio “não é inevitável”, apesar da morte de Haniyeh.

“Afirmo que a guerra não é inevitável (…) Há espaço para a diplomacia”, ressaltou Austin em declarações aos meios de comunicação na baía filipina de Subic, a antiga maior base naval dos EUA no exterior.

O chefe do Pentágono insistiu, como fez na véspera em Manila, que os EUA “fazem todo o possível para evitar um grande conflito” e reforçou sua disposição de “baixar a temperatura” das tensões.

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