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A bela da internet

Espiã mantém perfis em redes sociais

A russa Anna Chapman, 28 anos, presa domingo nos EUA após ser acusada de espionar para a Rússia, mantinha perfis no Facebook e em outras redes sociais na internet. Segundo autoridades, todas as quartas-feiras ela se encontrava em uma livraria em West Village, Manhattan, com um representante russo para passar informações.

Ela vivia em Nova York desde fevereiro deste ano. Chapman alugou um apartamento perto de Wall Street e começou a usar redes sociais on-line, como o LinkedIn e o Facebook, para estabelecer contatos profissionais.

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Um dia após dar fortes declarações de rechaço às acusações de espionagem feitas pelos EUA, a Rússia baixou o tom ontem e disse que o episódio não deve prejudicar as relações entre os países, que têm evoluído recentemente.

Na véspera, apesar da reação de Moscou, Washington já havia procurado reduzir a temperatura do caso ao evitar dirigir críticas diretamente à cúpula do go­­ver­­no russo e descartar danos à relação. "Esperamos que o caso da prisão nos EUA de pessoas suspeitas de espionar para a Rússia não atinja nossas relações’’, disse um funcionário da Chance­la­­ria russa, que na véspera havia qualificado como "infundadas e descabidas’’ as acusações dos EUA.

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Moscou já admitira que al­­guns dos detidos são russos, mas rejeitara as acusações.

O Departamento de Estado dis­­se não prever aplicação de "ne­­nhuma medida diplomática su­­plementar por enquanto’’. Se­­gundo o porta-voz P.J. Crowley, os EUA desejam "superar’’ o incidente.

Na última segunda-feira, o De­­partamento de Estado americano anunciou a detenção na véspera de 10 dos 11 acusados de integrar um programa de espionagem da agência de inteligência russa SVR, uma sucessora da soviética KGB.

O 11.º suspeito fora preso ter­­ça-feira no Chipre ao tentar sair da ilha mediterrânea em direção à Hungria. Ele foi, no entanto, liberado após pagar fiança e on­­tem desapareceu. Chipre emitiu mandado de prisão contra o suspeito.

Segundo a denúncia apresentada, agentes secretos da Rússia viviam havia anos nos EUA como casais americanos e tinham co­­mo objetivo se inserir em "esferas de tomada de decisão’’, recrutar fontes e enviar informações ao país.

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Para analistas, não é vantajoso a nenhum país retroceder na política de "recomeço’’ das relações proposta pelo americano Barack Obama.