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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente do regime do Irã, Masoud Pezeshkian, conversaram nesta sexta-feira (11) durante um encontro em Asgabate, no Turcomenistão, em um fórum internacional de líderes da Ásia Central, e destacaram a proximidade entre seus países em termos de política internacional. Este foi o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde que Pezeshkian assumiu o cargo de “presidente” do Irã, após as “eleições” de julho.
Conforme informações de agências internacionais, foi Putin quem iniciou a conversa, reforçando a importância das relações entre Rússia e Irã, qualificando-as como "sinceras e estratégicas". O ditador russo afirmou que os “laços” com o Irã são uma "prioridade" para Moscou.
"Estamos trabalhando ativamente juntos no cenário internacional, e nossas visões sobre os eventos mundiais são frequentemente muito próximas", afirmou Putin, conforme divulgado pela agência estatal RIA Novosti.
Pezeshkian, por sua vez, ecoou as palavras do ditador russo, salientando a convergência entre os dois países em questões globais.
“Nossas posições no mundo estão muito mais próximas entre si do que em relação a outros países”, afirmou o líder iraniano, segundo a Press TV, emissora estatal do Irã.
A pauta da reunião também incluiu as tensões e conflitos no Oriente Médio. Pezeshkian criticou a operação militar de Israel em Gaza e no Líbano, alertando sobre o “agravamento da crise na região”.
Putin aproveitou o encontro para reforçar o convite a Pezeshkian para que o iraniano participe da próxima cúpula dos Brics, marcada para os dias 23 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan. O Irã, que se tornou membro pleno do bloco no ano passado, será um participante de destaque nas discussões. Cuba também deve participar do encontro.
Com o aprofundamento das sanções ocidentais sobre ambos os países, Moscou e Teerã seguem ampliando suas relações econômicas e militares, em uma aliança que parece cada vez mais sólida no cenário internacional. A parceria entre os regimes se fortaleceu ainda mais desde a invasão russa à Ucrânia, em 2022. Em 2023, o Irã fechou um acordo para fornecer drones à Rússia, que têm sido utilizados no conflito ucraniano.