Laureano Ortega Murillo, filho e assessor de negócios internacionais do ditador nicaraguense, Daniel Ortega, anunciou nesta quarta-feira (28) um acordo firmado na área de segurança nacional com a Rússia, durante visita de uma delegação de Moscou liderada pelo secretário do Conselho de Segurança, general Nikolai Patrushev. O encontro também envolveu representantes dos regimes da Venezuela, de Cuba e da Bolívia.
Alguns pontos da parceria bilateral incluem um reforço de cooperação para formação e treinamento policial por parte da Rússia na Nicarágua. “Conseguimos a assinatura de documentos importantes entre a Nicarágua e a Rússia”, afirmou Murillo.
Os dois países também assinaram um memorando entre o Ministério do Interior da Nicarágua e o Ministério da Justiça da Rússia visando a regulamentação das atividades de ONGs, em meio à perseguição de Ortega contra organizações de Direitos Humanos e à igreja.
No fim do encontro, o ditador afirmou que os cinco países “trabalharam num plano para defender seus povos contra a pobreza, alcançar o desenvolvimento socioeconômico, a justiça e a igualdade”.
Em meio a viagens pela América Latina, o líder da delegação russa elogiou a posição da maioria dos países latino em relação às políticas de Moscou, em um contexto que chamou de “campanha agressiva” do Ocidente contra o Kremlin.
“A grande maioria dos países latino-americanos segue uma política externa equilibrada no contexto de uma campanha agressiva sem precedentes lançada pelos anglo-saxões contra a Rússia”, disse o chefe do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, em entrevista ao jornal Rossiyskaya Gazeta.
Segundo o representante de Moscou, que visitou oficialmente Cuba e Nicarágua, a cooperação do Kremlin com os países latino-americanos tem sido historicamente multifacetada e mutuamente vantajosa.
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