Diplomatas americanos teriam sido atingidos por arma misteriosa no consulado em Guangzhou, na China| Foto: LAM YIK FEI/NYT

A Rússia é o principal suspeito na investigação conduzida pelos EUA sobre uma misteriosa doença que atingiu funcionários nas embaixadas americanas em Cuba e na China, afirmou a rede de televisão americana NBC nesta terça-feira (11). Evidências obtidas em comunicações interceptadas apontaram para o envolvimento das autoridades russas, em uma investigação envolvendo o FBI, a CIA e outras agências, informou o canal, citando fontes anônimas. 

CARREGANDO :)

 As evidências, no entanto, não são conclusivas o suficiente para que os EUA culpem Moscou publicamente, disse ainda o canal americano. Em julho, autoridades americanas afirmaram que ainda investigavam os problemas de saúde constatados na embaixada em Cuba, que começaram em 2016 e afetaram 26 funcionários americanos e seus familiares. 

Leia também:  Uma arma misteriosa pode estar por trás do ataque a diplomatas dos EUA na China e em Cuba

Publicidade

 A porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, afirmou que "não detectamos quem ou o quê é responsável pelos ataques". Sintomas incluem perda de audição, zumbido nos ouvidos, vertigem, dores de cabeça e fadiga, um padrão consistente com "lesão traumática cerebral leve", segundo fontes do Departamento de Estado. 

 O caso foi um dos motivos apontados pelo governo do republicano Donald Trump para diminuir o pessoal da representação em Havana e reverter a reaproximação da Casa Branca com o regime comunista, que havia sido iniciada em 2014 pelo democrata Barack Obama. 

 Em junho, o Departamento de Estado trouxe para os EUA um grupo de diplomatas baseados em Guangzhou, no sul da China, devido à preocupação de que pudessem estar sofrendo um problema semelhante a lesões cerebrais. 

Leia também:  O mistério das lesões cerebrais sofridas pelos diplomatas americanos em Cuba

 Os EUA creem que armas eletromagnéticas sofisticadas podem ter sido usadas sobre os funcionários, possivelmente em conjunto com outras tecnologias, informou a NBC. 

Publicidade

 O Pentágono está tentando reconstruir a arma, ou as armas, por meio de tecnologia reversa, incluindo testes em equipamentos e animais.  Parte do trabalho está sendo conduzida pelo programa de pesquisa de energia na Base Aérea de Kirtland, no estado americano do Novo México (sudoeste), onde o Exército possui lasers gigantes e laboratórios para testar armas eletromagnéticas, incluindo microondas.