Moscou As potências mundiais estão divididas sobre como lidar com a recusa do Irã em suspender seu programa de enriquecimento de urânio, o que torna pouco provável a imposição de sanções pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como querem os Estados Unidos.
Ontem, o governo russo deixou clara sua oposição a medidas punitivas como estratégia para solução de conflitos e a União Européia (UE) decidiu continuar com as negociações com o Irã. Em total contraste, os Estados Unidos informaram que estão "em contatos" com os governos europeus para definir punições ao país.
A pressão americana aumentou depois que na quarta-feira expirou o prazo dado pelo Conselho de Segurança para que o Irã suspendesse o programa de enriquecimento de urânio e, em troca, aceitasse um pacote de benefícios econômicos e comerciais.
Nesse dia, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou um relatório no qual confirmou que o país está enriquecendo urânio em pequenas quantidades e não tem cooperado com seus inspetores. Isso contraria suas obrigações como membro da entidade e signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
Divergências
"Nós estamos em consultas com a União Européia e outros governos sobre qual seria primeira resolução com sanções", disse o embaixador americano na ONU, John Bolton. Em Moscou, o tom foi outro. "Levamos em conta a experiência do passado e não podemos nos aliar a ultimatos, os quais sempre levam a um beco sem saída", declarou o chanceler russo Serguei Lavrov.
Em Teerã, as autoridades reiteraram ontem sua disposição de prosseguir com o diálogo. "As atividades do Irã são transparentes, públicas e têm objetivos pacíficos, sem ambigüidades, por isso podem ser facilmente resolvidas através de negociações", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hamid Reza Asefi. Teerã não negou interesse em fabricar armas atômicas.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião