2 mil toneladas de ajuda humanitária estariam sendo transportadas, segundo a agência de notícias Itar-Tass. Entre os suprimentos haveria 400 toneladas de cereal, 100 toneladas de açúcar, 62 toneladas de alimentos para bebês, 54 toneladas de equipamentos médicos e remédios, 12 mil sacos de dormir e 69 geradores de vários tamanhos. Milhares de pessoas sofrem racionamento de água, eletricidade e ajuda médica.
Um comboio russo com alimentos, água e outros suprimentos partiu ontem para o leste da Ucrânia, onde forças do governo estão fechando o cerco contra rebeldes separatistas, mas Kiev disse que não vai permitir que os veículos cruzem para seu território. Kiev e governos ocidentais alertaram Moscou contra qualquer tentativa de transformar a operação em uma intervenção militar mascarada, em uma região que enfrenta uma crise humanitária após quatro meses de guerra.
"Essa carga será transferida para outros veículos de transporte (na fronteira) pela Cruz Vermelha", disse o assessor presidencial ucraniano Valery Chaly. "Nós não vamos permitir nenhuma escolta do Ministério de Emergências da Rússia ou de militares (em território ucraniano). Tudo estará sob controle ucraniano", disse ele a jornalistas.
A imprensa russa disse que o comboio de 280 caminhões partiu de uma região perto de Moscou e que agora levaria alguns dias para percorrer os 1.000 quilômetros até a região leste da Ucrânia, onde combatentes rebeldes buscam aderir à Rússia. Países ocidentais acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, que tem inflamado o fervor nacionalista na Rússia através da mídia estatal desde que anexou a região ucraniana da Crimeia ao território russo, em março, pode realizar novas ações, agora que separatistas do principal foco de resistência, Donetsk, estão cercados por forças do governo de Kiev.
A televisão Rossiya 24 mostrou uma fila de contêineres e caminhões de três quilômetros, carregados com garrafas de água e sacos de suprimentos. "Tudo isso foi acertado com a Ucrânia", garantiu o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov.