Militares privados contratados que fazem missões secretas para a Rússia voaram para a Venezuela nos últimos dias para reforçar a segurança do ditador Nicolás Maduro em meio aos protestos da oposição, segundo a agência de notícias Reuters, que citou duas fontes anônimas próximas aos militares.
Uma terceira fonte disse à Reuters que já havia um contingente dos militares na Venezuela, sem precisar quando chegaram ou qual seria o papel deles.
A Reuters relata ainda que Yevgeny Shabayev, líder de um grupo paramilitar de cossacos com ligações a militares russos com contratos privados, disse ter ouvido que o número de militares contratados na Venezuela é de cerca de 400. As outras fontes falam em grupos pequenos.
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O porta-voz do Kremlin disse à agência de notícias que não tinha conhecimento dessa informação.
Shabayev relatou que o grupo partiu de dois aviões fretados para Havana, Cuba, e de lá foi transferido para voos comerciais regulares para a Venezuela. A missão dos militares seria proteger Maduro de simpatizantes da oposição dentro de suas próprias forças de segurança que poderiam tentar detê-lo.
A Rússia é aliada do regime de Maduro e nos últimos anos fez investimentos de bilhões de dólares no país. Após a declaração nesta quarta-feira (23) do líder da oposição Juan Guaidó de que é o presidente interino do país, o Kremlin manteve o apoio a Nicolás Maduro.