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O Wall Street Journal (WSJ) revelou nesta quinta-feira (24) que a Rússia estaria por trás do fornecimento de informações sensíveis aos Houthis para alvejarem navios de países ocidentais no Mar Vermelho.
Segundo o jornal, os dados de rastreamento foram fornecidos à Guarda Revolucionária do Irã, que transmitiu posteriormente aos rebeldes que controlam vastas áreas do Iêmen e têm ameaçado embarcações em uma das mais importantes rotas do transporte marítimo global.
Citando uma pessoa familiarizada com o assunto e dois oficiais de defesa europeus anônimos, os ataques direcionados da milícia iemenita começaram no final do ano passado, após o início da guerra entre Israel e Hamas. Eventualmente, os rebeldes começaram a usar dados de satélite russos conforme expandiam seus ataques, segundo o WSJ.
De acordo com o jornal, essa é mais uma das forças desestabilizadoras do ditador russo, Vladimir Putin, em sua guerra indireta contra o Ocidente. Moscou, neste caso, apoiou os Houthis, um grupo patrocinado pelo Irã no Oriente Médio, que tem como lema a destruição dos EUA e de Israel.
Ao WSJ, Alexander Gabuev, diretor do think tank Carnegie Russia Eurasia Center, disse que, “para a Rússia, qualquer surto em qualquer lugar é uma boa notícia, porque desvia a atenção do mundo da Ucrânia e os EUA precisam comprometer recursos — sistemas Patriot ou projéteis de artilharia — e com o Oriente Médio em jogo, está claro onde os EUA escolherão".
No início do mês, outra investigação do jornal americano apontou que um importante traficante de armas russo, Viktor Bout, trocado em um acordo de prisioneiros com os EUA, em 2022, estaria por trás de negociações com os Houthis para venda de equipamentos militares.