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O presidente russo, Vladimir Putin: poucos dias após a invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022, Moscou dominou  a área ao redor da usina de Zaporizhzhia.
O presidente russo, Vladimir Putin: poucos dias após a invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022, Moscou dominou a área ao redor da usina de Zaporizhzhia.| Foto: EFE/JOÉDSON ALVES

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) denunciou nesta quarta-feira (3) que o Exército russo, que ocupa a usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia desde março de 2022, está negando aos observadores da ONU o acesso a três salas de reatores das instalações. "Os especialistas da AIEA continuam sem poder acessar todas as partes da usina e, nas últimas duas semanas, não tiveram permissão para acessar as salas dos reatores das unidades 1, 2 e 6", afirmou a agência por meio de um comunicado.

"Esta é a primeira vez que os especialistas da AIEA têm acesso negado à sala do reator de uma unidade que está em parada fria", acrescentou na nota o diretor-geral, Rafael Grossi.

A agência mantém observadores no local onde está localizada a usina nuclear de Zaporizhzhia, com seis reatores, a maior da Europa, desde o ano passado. As salas dos reatores contêm o núcleo do reator e o combustível usado em seu funcionamento, explicou Grossi.

Cinco dos seis reatores estão em parada fria, o que significa que não estão produzindo energia, enquanto um está em parada quente para produzir vapor e calor para a cidade vizinha de Enerhodar, onde vive a maior parte da equipe da usina.

Além disso, a AIEA disse que, por insistência de seus observadores, a usina realizou um trabalho em seus transformadores elétricos de reserva para garantir um fornecimento permanente e instantâneo de eletricidade.

De acordo com Grossi, esse é um "avanço significativo", pois permite a independência e a redundância no sistema de fornecimento de energia da usina, embora a situação das instalações continue "extremamente frágil".

Nas últimas semanas, os observadores da AIEA ouviram explosões periódicas a certa distância da usina, "ressaltando os perigos que ela continua a enfrentar", afirmou o diretor-geral.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e em poucos dias conquistou a área ao redor da usina de Zaporizhzhia. (Com Agência EFE)

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