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Espaço Aéreo Internacional

Rússia intercepta aeronave dos EUA 3 vezes em 3 horas

Arquivo: Poseidon P-8 durante um exercício de ataque de longo alcance na Romênia, em abril de 2019 (Foto: Capt. Nathan Ballou/Marinha dos EUA)

Uma aeronave Boeing P-8 Poseidon da Marinha americana foi interceptada três vezes em menos de três horas por um avião russo SU-35 enquanto sobrevoava o espaço aéreo internacional sobre o Mar Mediterrâneo nesta terça-feira, segundo informou a Sexta Frota dos Estados Unidos.

A segunda interação, de acordo com os americanos, foi considerada insegura, devido ao SU-35 ter feito uma passagem de alta velocidade diretamente em frente à aeronave da missão, o que teria colocado os pilotos e a tripulação em risco.

"A aeronave russa operava no espaço aéreo internacional, mas essa interação foi irresponsável. Esperamos que eles se comportem dentro dos padrões internacionais estabelecidos para garantir a segurança e evitar incidentes. Ações inseguras aumentam o risco de erro de cálculo e potencial para colisões no ar", informou a Sexta Frota dos Estados Unidos em um comunicado, acrescentando que a tripulação relatou turbulência após a segunda interceptação.

A divisão da Marinha dos EUA ainda afirmou que sua aeronave de reconhecimento estava operando de acordo com o direito internacional e não provocou a interferência russa.

O Ministério da Defesa da Rússia rebateu as acusações de que uma das interceptações teria sido insegura. Segundo a pasta, "todos os vôos de aviões russos foram conduzidos de acordo com as regras internacionais para o uso do espaço aéreo", a uma distância segura da aeronave americana.

A Rússia disse que a interceptação foi realizada porque a aeronave americana estava se aproximando de sua base naval em Tartus, na Síria.

A interação entre as aeronaves marca mais um desentendimento recente entre Rússia e EUA no espaço aéreo internacional.

No mês passado, jatos de combate americanos interceptaram quatro bombardeiros e dois jatos SU-35 russos no espaço aéreo internacional ao largo da costa do Alasca. Os vôos de bombardeiros russos são vistos por oficiais militares americanos como parte de um treinamento de militares russos para uma eventual crise, ao mesmo tempo em que envia uma mensagem de força aos adversários.

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