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A ditadura da Rússia ironizou a segunda tentativa de matar o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, no último fim de semana.
Segundo informações da agência Reuters, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta segunda-feira (16) que o assunto era um problema interno dos Estados Unidos, mas aproveitou para cutucar Washington pelo apoio à Ucrânia na guerra contra os russos.
“Não somos nós que deveríamos estar pensando [nisso], são os serviços de inteligência dos EUA que deveriam estar pensando. Em todo caso, brincar com fogo tem suas consequências”, ironizou.
A fala de Peskov é uma referência implícita a Ryan Wesley Routh, preso na região do campo de golfe de Trump na Flórida quando se preparava para efetuar disparos contra o ex-presidente americano.
Routh afirmou em redes sociais que apoiava a Ucrânia na guerra contra os russos e que era necessário “incendiar o Kremlin até que não sobre nada”.
Nessas mensagens, ele tentou recrutar afegãos para lutar pelo lado ucraniano contra a Rússia, dizendo ser um agente secreto de Kiev, mas um integrante da legião estrangeira da Ucrânia disse que Routh, apesar de ter feito vários contatos, nunca lutou nesta unidade.
Oleksandr Shaguri, oficial do Departamento de Coordenação de Estrangeiros do Comando das Forças Terrestres da Ucrânia, disse à emissora americana CNN que “a melhor maneira de descrever as mensagens dele é que eram ideias delirantes” e que ele nunca colaborou de fato com as forças ucranianas.
Nesta segunda-feira, Peskov disse que a Rússia está monitorando a situação política nos Estados Unidos. “Vemos o quão tensa a situação está lá, inclusive entre adversários políticos. A luta política está aumentando, e uma variedade de métodos está sendo usada”, disse o porta-voz.
