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Rússia
Ditador russo, Vladimir Putin: lutar ao lado do Exército de Moscou foi um dos requisitos para concessão de cidadania| Foto: EFE/EPA/MIKHAIL METZEL/SPUTNIK/KREMLIN

Cerca de 10 mil imigrantes que recentemente obtiveram a cidadania russa foram mobilizados e enviados para a guerra na Ucrânia, segundo afirmou nesta quinta-feira (27) o presidente do Comitê de Instrução da Rússia (CIR), Alexandr Bastrikin.

“Estamos cumprindo as disposições da Constituição e das nossas leis sobre as pessoas que recebem a cidadania, que devem ter um cartão militar e se necessário participar na operação militar especial”, disse Bastrikin em um fórum jurídico em São Petersburgo.

Segundo a agência de notícias russa Interfax, Bastrikin disse que o CIR identificou mais de 30 mil pessoas que obtiveram a cidadania russa e não cumpriram a obrigação de se registrar nos postos de recrutamento.

“Cerca de 10 mil deles já foram enviados para a área da operação militar especial”, acrescentou.

Em seu discurso, Bastrikin defendeu mudanças na política de imigração do país e frisou que as questões de segurança nacional devem prevalecer na hora de contratar imigrantes.

O CIR é um órgão judicial que depende diretamente do chefe de Estado russo.

Ainda nesta quinta-feira, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse em uma entrevista à AFP que as tropas russas não têm condições de realizar avanços significativos na Ucrânia.

"Não temos nenhum outro indicativo nem razão para acreditar que a Rússia tenha capacidade, força para realizar grandes avanços" no território vizinho.

Para o chefe da OTAN, é bem provável que a Rússia continuasse exercendo pressão "nas linhas de frente" e bombardeando a região, sem avançar no campo.

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