Cerca de 10 mil imigrantes que recentemente obtiveram a cidadania russa foram mobilizados e enviados para a guerra na Ucrânia, segundo afirmou nesta quinta-feira (27) o presidente do Comitê de Instrução da Rússia (CIR), Alexandr Bastrikin.
“Estamos cumprindo as disposições da Constituição e das nossas leis sobre as pessoas que recebem a cidadania, que devem ter um cartão militar e se necessário participar na operação militar especial”, disse Bastrikin em um fórum jurídico em São Petersburgo.
Segundo a agência de notícias russa Interfax, Bastrikin disse que o CIR identificou mais de 30 mil pessoas que obtiveram a cidadania russa e não cumpriram a obrigação de se registrar nos postos de recrutamento.
“Cerca de 10 mil deles já foram enviados para a área da operação militar especial”, acrescentou.
Em seu discurso, Bastrikin defendeu mudanças na política de imigração do país e frisou que as questões de segurança nacional devem prevalecer na hora de contratar imigrantes.
O CIR é um órgão judicial que depende diretamente do chefe de Estado russo.
Ainda nesta quinta-feira, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse em uma entrevista à AFP que as tropas russas não têm condições de realizar avanços significativos na Ucrânia.
"Não temos nenhum outro indicativo nem razão para acreditar que a Rússia tenha capacidade, força para realizar grandes avanços" no território vizinho.
Para o chefe da OTAN, é bem provável que a Rússia continuasse exercendo pressão "nas linhas de frente" e bombardeando a região, sem avançar no campo.