A Rússia lembra nesta sexta-feira o 69º aniversário do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista com o tradicional desfile militar na Praça Vermelha, um evento que foi comandado pelo presidente russo, Vladimir Putin.
"A vontade de ferro do povo soviético, sua coragem e estoicismo salvaram a Europa da escravidão", garantiu hoje Putin durante um breve discurso no qual felicitou os russos pelo Dia da Vitória, considerada popularmente como o feriado nacional russo.
Comandante Supremo das Forças Armadas, Putin rendeu homenagem aos quase 27 milhões de civis e soldados russos mortos na Grande Guerra Pátria, como é chamado na Rússia o capítulo soviético (1941-45) da Segunda Guerra Mundial.
Putin lembrou a crucial batalha de Stalingrado, o cerco a Leningrado e mencionou também a batalha de Sebastopol, porto do Mar Negro situado na península da Crimeia, parte do território ucraniano que foi anexado pela Rússia no dia 21 de março.
Além disso, lembrou os combates nas margens do rio Dnieper, no atual território da Ucrânia, onde há anos não acontecem paradas militares no dia 9 de maio, o que, nesta ocasião, foi muito criticado pela imprensa russa.
"Hurra, Hurra, Hurra!", gritaram centenas de soldados dos três exércitos posicionados na praça após receber a felicitação do chefe do Estado.
O desfile começou com a saudação do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que se deslocou pela Praça Vermelha em um automóvel conversível.
Desde 2008, além dos soldados, também é possível ver armamento pesado em frente às muralhas vermelhas do Kremlin, como os mísseis intercontinentais Topol, a arma mais temível do arsenal nuclear russo.
Plataformas de lançamento de mísseis, peças de artilharia, tanques e milhares de soldados de diferentes unidades militares também desfilarão pela Praça Vermelha, enquanto caças, bombardeiros e helicópteros sobrevoarão os céus de Moscou.
A tradição soviética de realizar paradas militares na principal praça do país, a Praça Vermelha, foi retomada pela Federação Russa em 1996, mas sem a exibição de armamento.
