Moscou (EFE) A Rússia relembra hoje o primeiro aniversário da tragédia que matou 331 pessoas, em sua maioria crianças, em uma escola de Beslan, na Ossétia do Norte. O "Dia do Saber", como os russos chamam a data do início do ano letivo, transformou-se em um pesadelo em 1.º de setembro de 2004, quando separatistas chechenos seqüestraram cerca de 1.200 pessoas. Os terroristas entrincheiraram-se na escola com seus reféns como escudos humanos e apresentaram suas condições: o fim da guerra da Chechênia e o reconhecimento da independência da região.
No dia 3 de setembro, 52 horas após o começo do seqüestro, uma explosão (provavelmente acidental) no ginásio onde os terroristas mantinham seus reféns desencadeou o massacre.
As imagens de crianças fugindo pelas janelas e por um buraco no muro em meio a explosões e tiros de metralhadoras correram o mundo.
As forças de segurança, que usaram carros de combate e lança-chamas em uma operação criticada por seu caráter improvisado, demoraram várias horas para aniquilar o comando terrorista.
Todas as escolas do país começam hoje o ano letivo com um minuto de silêncio em memória das vítimas de Beslan. A passagem por detectores de metais agora será parte da rotina escolar, por determinação do governo. A medida tem aprovação popular, já que 85% dos russos temem a repetição da tragédia.
O monumento "Árvore da Dor" será inaugurado no sábado no cemitério memorial de Beslan. A escultura de bronze, de 7 metros de altura, representa quatro mulheres olhando em direção aos pontos cardeais com os braços estendidos para o céu, para onde voam 50 anjos, que formam uma coroa.
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