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População se reúne em favor do presidente soviético Mikhail Gorbachev em agosto de 1991 | REUTERS/Alexander Demianchuk/Files
População se reúne em favor do presidente soviético Mikhail Gorbachev em agosto de 1991| Foto: REUTERS/Alexander Demianchuk/Files

A Rússia marcou nesta sexta-feira, de maneira discreta, o 20º aniversário do começo de uma tentativa de golpe de Estado que levou ao colapso da União Soviética. Apenas 100 pessoas se reuniram no local, no centro de Moscou, onde milhares de manifestantes e populares estiveram em 19 de agosto de 1991.

A tentativa de golpe partiu naquele ano da linha-dura do Partido Comunista, que colocou o secretário-geral do partido, Mikhail Gorbachev, em prisão domiciliar, enquanto os tanques foram para o centro moscovita. Milhares de moscovitas, contudo, desafiaram os militares e foram para as ruas de Moscou, liderados por Boris Yeltsin, que ganhou fama mundial quando discursou em cima de um tanque.

O golpe fracassou três dias depois e Gorbachev voltou a Moscou, mas sua credibilidade foi solapada. As repúblicas bálticas da Letônia, Estônia e Lituânia anunciaram a separação da União Soviética em semanas e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) desintegrou-se em dezembro de 1991.

O colapso da União Soviética levou a um duro período econômico para os 15 países que fizeram parte da URSS, com privatizações, a falta de regras na economia e na organização da sociedade e o surgimento rápido de uma geração de magnatas, às vezes associados a máfias, que tomaram conta das antigas empresas estatais.

Muitos russos que defenderam Yeltsin em 1991 agora dizem que não fariam o que fizeram se soubessem o que aconteceria à Rússia sob a liderança do mandatário. Mas alguns dos que foram hoje ao centro de Moscou lembram daqueles dias como um momento de orgulho na história da Rússia, mesmo com as enormes dificuldades que vieram depois.

"Fizemos a coisa certa" disse Ludmila Skryabina, que estava de passagem por Moscou em 19 de agosto de 1991, voltando de uma viagem para sua cidade de São Petersburgo, e decidiu ficar. "Após a glasnost, pelo menos descobrimos qual era o nosso passado e sei que é muito pior voltar para ele".

Nem o presidente russo, Dmitry Medvedev, e nem o primeiro-ministro Vladimir Putin fizeram qualquer menção à data.

As informações são da Associated Press.

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