Diplomatas da Rússia e dos EUA estão reunidos neste domingo com o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Lakhdar Brahimi, para novas negociações sobre a guerra civil naquele país, informou o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov. Mas o ministro destacou que os norte-americanos erraram ao dizer que Moscou estava suavizando sua posição. A Rússia concordou em fazer parte das negociações em Genebra sob condição de não haver exigências para que o presidente da Síria, Bashar Assad, renuncie. "Não estamos fazendo negociações sobre o destino de Assad", disse Lavrov. "Todas as tentativas de retratar a situação de forma diferente são inescrupulosas", acrescentou.

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Lavrov se reuniu na semana passada com Brahimi e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em Dublin. Em seguida, Clinton disse que os EUA e a Rússia estavam comprometidos em tentar fazer com que os dois lados do conflito sírio conversassem sobre uma transição política. Clinton destacou que os EUA continuarão insistindo que a saída de Assad é uma parte crucial dessa transição. O ministro russo afirmou que, depois que ele concordou com uma proposta para que os diplomatas voltassem a conversar sobre a Síria, os norte-americanos começaram a sugerir que a Rússia estava suavizando sua posição. "Não aconteceu isso" disse Lavrov. "Nós não mudamos nossa posição."

O conflito na Síria começou com protestos pacíficos contra Assad em março de 2011 e escalou para uma guerra civil. Os EUA criticam a Rússia por proteger seu principal aliado no Oriente Médio, enquanto Moscou acusa Washington de encorajar os rebeldes e pedir uma mudança no regime sírio.

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