A Rússia se recusou fornecer ao FBI informação sobre um dos suspeitos do atentado na maratona de Boston, dois anos antes do ataque, revela um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo "New York Times".
Só depois dos atentados, em que morreram três pessoas e mais de 260 ficaram feridas, é que as autoridades russas partilharam com o FBI dados relevantes, como a conversa interceptada entre Dzhokhar, de 19 anos, e a sua mãe - em que a a Jihad islâmica era discutida.
Ainda segundo o jornal americano, depois de uma investigação inicial por agentes do FBI em Boston, os russos recusaram vários pedidos de informação adicional sobre Tamerlan, irmão de Dzhokhar. De origem chechena, os dois foram acusados por realizar o atentado terrorista da maratona de Boston, em abril do ano passado, uma década depois de chegarem aos EUA como refugiados políticos.
Nos próximos dias, os deputados do Congresso vão ser informados sobre as revelações do relatório que analisa como os serviços secretos dos EUA e as forças de segurança podiam ter evitado o atentado. Estima-se que o documento seja divulgado na íntegra antes da próxima terça-feira, quando se cumprir o primeiro aniversário dos atentados de Boston. Esta semana, o Congresso realizou uma sessão para analisar as possíveis "falhas" de segurança que permitiram o ataque e pediu uma maior cooperação entre agências locais e federais.