O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, pediu nesta quinta-feira (22) no Conselho de Segurança que as Nações Unidas investiguem a morte de civis na Líbia em consequência da operação militar realiza pela Otan no país árabe sob amparo do organismo internacional.
"Pedimos que a ONU abra uma investigação especial sobre os civis líbios mortos causados pela campanha de bombardeios da Otan e recebemos o apoio de outras delegações", disse Churkin à imprensa na saída das consultas mantidas pelos 15 países-membros do Conselho sobre o processo de transição na Líbia.
O diplomata russo ressaltou que as ações da aliança ocidental sobre a Líbia requerem "uma atenção especial" na ONU e mostrou sua vontade de que o Conselho de Segurança receba relatórios sobre o assunto, "dado que inicialmente os líderes da Otan os fizeram crer que não tinha havido vítimas civis por sua campanha".
"Precisamos que se analise seriamente o assunto", insistiu Churkin, que denunciou que, desde o início do ataque na Líbia, houve "muita propaganda sobre a natureza da operação da Otan" e destacou que as resoluções da ONU que permitiram a operação "não foram cumpridas adequadamente".
A Otan, amparada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para proteger a população civil da repressão, organizou no final de março uma operação para impor um bloqueio naval e uma zona de exclusão aérea na Líbia, determinante para a vitória dos revolucionários contra o regime de Muammar Kadafi.
A Rússia se absteve e não usou seu poder de veto no Conselho quando o órgão votou a resolução, dando via livre à campanha, mas depois o país se mostrou muito crítico com a operação militar.
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