Após seu discurso no debate geral da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) neste sábado (23), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, pediu em uma coletiva de imprensa que os Estados Unidos e demais países do Ocidente suspendam as sanções impostas contra os regimes da Venezuela, Cuba e Síria.
Lavrov, que representou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enfatizou que as “sanções violam o princípio de igualdade soberana”, sendo usadas como “medidas unilaterais e coercitivas” que prejudicam especialmente as “bases mais vulneráveis da sociedade”.
O ministro russo chamou a sanções impostas pelos EUA contra Cuba de “promoção do terrorismo”. Ele também disse que as sanções impostas contra a Venezuela, que vive sob a ditadura de Nicolás Maduro, têm “dificultado o pagamento das dívidas” do país sul-americano.
Lavrov mencionou a situação da Síria, país aliado da Rússia, ressaltando que as sanções impostas pela União Europeia e pelos EUA, em diferentes graus desde 1979, “minam o direito dos sírios ao desenvolvimento”.
Ainda durante a coletiva de imprensa, Lavrov afirmou que seu país rejeitou o plano de paz proposto pela Ucrânia, assim como as últimas propostas da ONU para reavivar o acordo de grãos do Mar Negro, por considerar ambos como 'não realistas'.
Ele acusou o Ocidente de adotar uma mentalidade “neocolonial em suas abordagens ao Sul Global” e falou sobre a necessidade de uma abordagem “mais equilibrada nas relações internacionais” entre os países.
Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lavrov classificou os EUA e os seus aliados europeus como um “império de mentiras” e disse que "uma nova ordem mundial está nascendo neste momento".
"Os americanos e os europeus, que estão habituados a olhar com desprezo para o resto do mundo, estão ansiosos por fazer promessas e assumir compromissos, incluindo compromissos escritos e juridicamente vinculativos, mas estão relutantes em cumpri-los", disse.
“Uma nova ordem mundial está nascendo bem diante dos nossos olhos”, acrescentou. (Com Agência EFE)
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