O general John Raymond, chefe de operações espaciais da Força Espacial dos EUA| Foto: Aviador sênior Melody Howley/Força Aérea dos EUA
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O chefe da recém-criada Força Espacial dos Estados Unidos, general Jay Raymond, confirmou relatos de que dois satélites russos chegaram muito perto de um satélite espião do governo americano, mostrando um comportamento "incomum e importuno".

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"Em novembro passado, o governo russo lançou um satélite que, na sequência, lançou um segundo satélite. Estes satélites tem estado manobrando perto de um satélite do governo dos EUA... o que o governo russo caracterizou como um 'inspetor de satélites'", disse Raymond à CNBC nesta segunda-feira (10).

Na semana passada, observadores amadores haviam identificado que o satélite russo Kosmos 2542 entrou na mesma área de órbita que o USA 245, um satélite do Escritório Nacional de Reconhecimento (NRO, na sigla em inglês), que projeta, constrói e opera satélites espiões dos EUA e posteriormente fornece informações para agências como a CIA.

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Raymond disse que os objetos espaciais russo exibiam características de armas, porque um deles lançou um projétil de alta velocidade no espaço.

Ele alertou também que o comportamento da Rússia poderia criar um situação perigosa no espaço.

"Os Estados Unidos acreditam que essas recentes atividades são preocupantes e não refletem o comportamento de uma nação com programa espacial".

A notícia vem em um momento em que a Casa Branca apresentou um orçamento militar focado na "competição entre grandes potências" - que ainda deve ser votado pelo Congresso. Este plano de gastos para o ano fiscal de 2021 (que começa em outubro) prevê US$ 169 bilhões para a Força Aérea e, deste montante, 15,4 bilhões serão destinados à Força Espacial, que receberá financiamento direto pela primeira vez. O orçamento, segundo a Força Espacial, ajudará os EUA a responder a ameaças da Rússia e da China.