A Rússia pretende registrar a primeira vacina do mundo contra a Covid-19 em menos de duas semanas, apesar de preocupações quanto à segurança e eficácia do imunizante produzido pelo Instituto Gamaleya, informou a CNN nesta quarta-feira (29). Autoridades russas disseram à emissora americana que querem aprovar a vacina para uso público em 10 de agosto ou até antes e que as primeiras doses serão administradas em profissionais da saúde. Uma agência de notícias estatal russa havia informado antes que o imunizante pode ser liberado para uso até meados de agosto.
"É um momento Sputnik", disse à CNN Kirill Dmitriev, diretor do fundo soberano da Rússia, que financia a pesquisa russa de vacinas, comparando o desenvolvimento da vacina ao lançamento bem-sucedido do primeiro satélite do mundo pela União Soviética, em 1957.
Contudo, nenhum dado científico sobre os testes da candidata à vacina foi publicado e há suspeitas de que não tenham sido realizados testes clínicos o suficiente. O produto que está sendo desenvolvido pelo Instituto Gamaleya ainda está na segunda fase de testes clínicos, enquanto outras candidatas, como a de Oxford e da chinesa Sinovac Biotech, já estão na terceira fase, a última antes de conseguir a liberação para uso em larga escala.
Segundo a CNN, os cientistas russos dizem que a vacina está sendo desenvolvida rapidamente porque é uma versão modificada de uma já existente para combater outras doenças, mas essa várias empresas e institutos também estão usando essa abordagem.
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