Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Regime de Putin

Rússia processa repórter de emissora dos EUA por cruzar fronteira durante incursão ucraniana

Rússia processa repórter de emissora dos EUA por cruzar fronteira durante incursão ucraniana
O ditador da Rússia, Vladimir Putin (Foto: Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS)

Ouça este conteúdo

A Rússia abriu nesta quinta-feira (22) um processo criminal contra um repórter da emissora de televisão americana CNN por ter atravessado “ilegalmente” a fronteira para cobrir a incursão fronteiriça ucraniana na região de Kursk.

O Serviço Federal de Segurança russo (FSB, ex-KGB) acusa o jornalista britânico da CNN, Nick Paton Walsh, de realizar uma reportagem na companhia de dois repórteres ucranianos na cidade russa de Sudzha, sob controle inimigo desde a semana passada.

Nos termos do artigo 322 do Código Penal russo, Walsh pode ser condenado a até cinco anos de prisão por atravessar a fronteira “sem autorização”.

Por esta razão, o FSB antecipou que o cidadão britânico também será em breve alvo de um mandado de busca e captura internacional.

O FSB já abriu no último domingo (18) um processo criminal contra os jornalistas Simone Traini e Stefania Battistini, que também realizaram uma reportagem para a emissora estatal italiana RAI.

Tal como a equipe da CNN, esses dois repórteres também cruzaram a fronteira russa na companhia de soldados ucranianos.

Após a transmissão da reportagem, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora italiana em Moscou, Cecilia Piccioni, para protestar contra a presença ilegal de seus jornalistas em território russo.

Moscou fez o mesmo esta semana com a encarregada de negócios dos EUA, Stephanie Holmes, a quem denunciou “as ações provocativas de jornalistas americanos que entraram ilegalmente na região de Kursk”.

De acordo com a ditadura russa, repórteres americanos entraram na Rússia para "cobrir de forma propagandística os crimes do regime de Kiev".

A porta-voz da chancelaria do regime de Vladimir Putin, Maria Zakharova, confirmou na véspera que estes repórteres “não se deslocaram às correspondentes missões diplomáticas russas para solicitar visto”.

O Exército ucraniano, que iniciou a incursão fronteiriça em 6 de agosto, afirma controlar quase uma centena de cidades e mais de 1.200 quilômetros quadrados de território na região de Kursk.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.