A Rússia decidiu proibir a decolagem dos aviões Airbus A321 operados pela companhia aérea Kogalymavia, segundo a agência de notícias Interfax neste domingo, após uma de suas aeronaves ter caído na península do Sinai, no Egito, matando todas as 224 pessoas a bordo.
O A321, operado pela companhia aérea russa sob a marca Metrojet, transportava excursionistas do resort Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, para São Petersburgo quando caiu pouco depois do amanhecer no sábado.
A Interfax disse que a Rostransnadzor, reguladora de transportes russa, ordenou a Kogalymavia a interromper os voos com aviões A321 até que as causas do acidente sejam esclarecidas. No entanto, a agência de notícias RIA citou um representante da Kogalymavia segundo o qual a companhia aérea não recebeu a ordem da reguladora.
Investigadores egípcios e russos vão começar a examinar em algumas horas o conteúdo dos dois gravadores das “caixas pretas” recuperadas do avião, que caiu numa área montanhosa na região central do Sinai pouco depois de perder contato com o radar ao se aproximar da altitude de cruzeiro.
Um grupo militante afiliado ao Estado Islâmico no Egito, Província do Sinai, disse em comunicado que derrubou o avião “em resposta aos ataques aéreos russos que mataram centenas de muçulmanos em terras sírias”. Mas o ministro do Transporte da Rússia, Maxim Sokolov, disse à Interfax que a afirmação “não pode ser considerada precisa”.
Três companhias aéreas sediadas nos Emirados Árabes Unidos --Emirates, Air Arabia e flydubai --disseram neste domingo que estavam mudando as rotas de seus voos para evitar sobrevoar o Sinai. Duas das maiores companhia aéreas da Europa, Lufthansa e Air France-KLM, já afirmaram que vão evitar sobrevoar a península enquanto esperam por explicações para a causa do acidente.
O primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismail, disse em uma coletiva de imprensa no sábado que não parece ter havido nenhuma atividade fora do normal por trás do acidente, mas acrescentou que os fatos somente seriam esclarecidos até que sejam concluídas mais investigações.
Sokolov e uma equipe de investigadores chegaram ao local no domingo e especialistas começarão a examinar as caixas pretas no Ministério de Aviação Civil no Cair, disseram fontes judiciais e do ministério. Não estava claro quanto tempo levará para que o conteúdo das caixas, que gravam dados de voo e conversas no cockpit, seja recuperado.
Ao menos 163 corpos foram recuperados e levados para vários hospital, incluindo o necrotério Zienhom, no Cairo, de acordo com um comunicado do governo.
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