As autoridades russas decidiram pedir a prorrogação por mais três meses da prisão dos 30 ativistas detidos em 19 de setembro, informou ontem o Greenpeace. A prisão preventiva de todos expira no próximo dia 24.
Segundo comunicado do Greenpeace, o comitê de investigação da Rússia anunciou que vai pedir a extensão da prisão deles por mais três meses. Até agora, seis pedidos já foram feitos à Justiça local, e os demais devem ocorrer até segunda-feira.
Os 30 foram presos no navio Arctic Sunrise, no Ártico, quando protestavam contra a estatal russa de gás e petróleo Gazprom. Entre eles, está a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos. Eles alegam que a manifestação era pacífica.
"A intenção do comitê de investigação é manter o grupo detido até a conclusão das investigações sobre os alegados crimes de pirataria e vandalismo. Todos os pedidos serão julgados até o dia 24 de novembro", informou o Greenpeace, que anunciou a intenção de recorrer da possível prorrogação.
Oficialmente, todos são acusados de vandalismo e pirataria. No primeiro crime, a pena prevista chega a sete anos, e no segundo, a 15. As autoridades russas chegaram a anunciar que a acusação de pirataria havia sido anulada, mas, segundo o Greenpeace, isso não ocorreu até agora de maneira oficial.
No começo da semana, todos os ativistas detidos foram transferidos de Murmansk, onde estavam desde setembro, para São Petersburgo.
Apesar de São Petersburgo ser a segunda maior cidade da Rússia, teoricamente com mais estrutura do que Murmansk, o Greenpeace diz que ainda não é possível avaliar se a transferência representa melhoria de condições aos ativistas.
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