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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reafirmou que a Rússia só aceitará a paz se “sua estabilidade” for garantida e os objetivos da invasão à Ucrânia forem cumpridos
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reafirmou que a Rússia só aceitará a paz se “sua estabilidade” for garantida e os objetivos da invasão à Ucrânia forem cumpridos| Foto: EFE/EPA/EVGENIA NOVOZHENINA/POOL

A ditadura da Rússia disse nesta quarta-feira (25) que tentar “coagir” Moscou à paz na Ucrânia seria um “erro fatal”.

A declaração do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, foi uma resposta ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que disse na terça-feira (24) na ONU que é “insanidade” buscar negociações como as que China e Brasil propõem para um cessar-fogo na guerra no leste europeu.

“A Rússia só pode ser forçada à paz, e é exatamente isso que é necessário — forçar a Rússia à paz”, disse Zelensky.

Em agosto, as forças ucranianas iniciaram uma ofensiva no sudoeste da Rússia e têm intensificado os ataques com drones nas regiões de fronteira e em Moscou.

Nesta quarta-feira, Peskov disse a repórteres que “tal posição [de Zelensky] é um erro fatal, um erro sistêmico”.

“É um profundo equívoco que inevitavelmente terá consequências para o regime de Kiev. A Rússia é a favor da paz, mas com as condições de que sua estabilidade seja garantida e os objetivos da operação militar especial [termo que a ditadura de Vladimir Putin usa para se referir à invasão] sejam cumpridos”, disse o porta-voz, segundo informações do The Moscow Times.

“Sem atingir essas metas, é impossível coagir a Rússia”, acrescentou, reafirmando uma declaração que havia feito na véspera.

Putin impôs como exigências para a paz com a Ucrânia que Kiev aceite conceder mais território além do ocupado (ou seja, abrir mão da área integral de todas as quatro regiões invadidas pelas tropas russas, que não as controlam totalmente) e que os ucranianos desistam de aderir à OTAN. Já a Ucrânia condiciona iniciar conversas à saída das tropas russas do país.

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