Olimpíadas
O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, disse ontem que está "confiante" na segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, em fevereiro. "Estou certo que tudo será feito para garantir a segurança dos atletas e de todos os participantes dos Jogos Olímpicos", afirmou. O presidente do COI informou ainda que enviou uma carta ao presidente russo, Vladimir Putin, para prestar solidariedade às vítimas das explosões.
Bombas usadas nos dois ataques são semelhantes
Vladimir Markin, porta-voz da principal agência de investigações da Rússia, disse que as bombas de domingo e de segunda eram semelhantes. "Isto confirma a versão dos investigadores de que os dois ataques estão ligados", disse. "Eles podem ter sido preparados em um só lugar."
Os dois ataques em Volgogrado, segundo analistas, indicam que os militantes podem estar usando o sistema de transportes como uma nova maneira de mostrar seu alcance além de sua região. Há alguns meses, o governo russo passou a exigir a apresentação de documentos de identidade ao comprar passagens de ônibus intermunicipais, como já ocorre para bilhetes aéreos ou ferroviários, mas não há fiscalização.
Volgogrado tem cerca de 1 milhão de habitantes e fica a 690 km de Sochi, onde a partir de 7 de fevereiro ocorrem os Jogos Olímpicos de Inverno. A região está próxima ao Norte do Cáucaso, faixa de províncias de prevalência muçulmana que sofre violência quase diária por parte de uma antiga insurgência islamita.
Folhapress
O presidente Vladimir Putin ordenou a intensificação da segurança em toda a Rússia após mais um atentado ocorrido ontem na cidade de Volgogrado, no sul do país. A explosão atingiu um ônibus, matando pelo menos 14 pessoas e deixando 28 feridas. Em dois dias, atentados mataram 31 pessoas e paralisaram o sistema de transporte da cidade.
"Os explosivos foram detonados por um homem. Fragmentos de seu corpo foram encontrados", disse o Comitê Nacional Antiterrorismo, acrescentando que foram identificados indícios de ligações entre os atentados ocorridos em Volgogrado ontem e no domingo.
No dia anterior, a ação de uma mulher-bomba deixou 17 mortos na principal estação de trem da cidade. Em outubro, uma outra suicida detonou os explosivos que levava junto ao corpo num ônibus e matou sete pessoas. Outro atentado matou sete pessoas na última sexta-feira na cidade de Pyatigorsk.
Em declaração oficial distribuída ontem, o Ministério das Relações Exteriores russo sutilmente comparou os ataques ao 11 de setembro. "Não vamos recuar e continuaremos nossa luta consistente contra um inimigo insidioso que só pode ser derrotado com a união", diz a nota.
O texto não aponta responsáveis pelos ataques, mas diz que são consequência de ameaças de militantes como Doku Umarov, líder de uma insurgência islâmica no Norte do Cáucaso que convocou militantes a evitar que a Rússia hospede as Olimpíadas de Inverno, que acontecerão em fevereiro na cidade de Sochi.
No comunicado, o ministério compara os atentados a ataques ocorridos nos Estados Unidos, Síria e outros países, e pede solidariedade internacional na luta contra os terroristas. Os bombardeios puseram a nu a facilidade de atingir alvos civis no restante da Rússia e aumentaram a preocupação com as Olimpíadas de Inverno.
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