O presidente Vladimir Putin ordenou a intensificação da segurança em toda a Rússia após mais um atentado ocorrido ontem na cidade de Volgogrado, no sul do país. A explosão atingiu um ônibus, matando pelo menos 14 pessoas e deixando 28 feridas. Em dois dias, atentados mataram 31 pessoas e paralisaram o sistema de transporte da cidade.
"Os explosivos foram detonados por um homem. Fragmentos de seu corpo foram encontrados", disse o Comitê Nacional Antiterrorismo, acrescentando que foram identificados indícios de ligações entre os atentados ocorridos em Volgogrado ontem e no domingo.
No dia anterior, a ação de uma mulher-bomba deixou 17 mortos na principal estação de trem da cidade. Em outubro, uma outra suicida detonou os explosivos que levava junto ao corpo num ônibus e matou sete pessoas. Outro atentado matou sete pessoas na última sexta-feira na cidade de Pyatigorsk.
Em declaração oficial distribuída ontem, o Ministério das Relações Exteriores russo sutilmente comparou os ataques ao 11 de setembro. "Não vamos recuar e continuaremos nossa luta consistente contra um inimigo insidioso que só pode ser derrotado com a união", diz a nota.
O texto não aponta responsáveis pelos ataques, mas diz que são consequência de ameaças de militantes como Doku Umarov, líder de uma insurgência islâmica no Norte do Cáucaso que convocou militantes a evitar que a Rússia hospede as Olimpíadas de Inverno, que acontecerão em fevereiro na cidade de Sochi.
No comunicado, o ministério compara os atentados a ataques ocorridos nos Estados Unidos, Síria e outros países, e pede solidariedade internacional na luta contra os terroristas. Os bombardeios puseram a nu a facilidade de atingir alvos civis no restante da Rússia e aumentaram a preocupação com as Olimpíadas de Inverno.