Uma autoridade ucraniana disse ontem que a Rússia voltou a reforçar a presença militar na Crimeia. Segundo Vladislav Seleznyov, um porta-voz das forças armadas ucranianas na região, testemunhas relataram que viram navios militares anfíbios descarregarem cerca de 200 veículos militares no leste da Crimeia na sexta-feira à noite depois de terem aparentemente atravessado o Estreito de Kerch, que separa a região do território russo.
Ele também afirmou que um comboio de mais de 60 caminhões militares que não tinham identificação estavam se dirigindo a partir da cidade de Feodosia para Simferopol, a capital regional
Selenyov disse à Associated Press que as tropas não "tinham insígnias que os identificassem como russos, mas não temos nenhuma dúvida quanto à fidelidade das tropas".
Um repórter da AP viu um comboio neste sábado perto de Fedosia. Na parte de trás dos veículos, podiam ser observados soldados fortemente armados, mas nenhum parecia ter distintivos ou insígnias de identificação.
Evacuação
O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, anunciou ontem, através de sua conta oficial no Twitter, que o governo decidiu evacuar o consulado que este país mantém em Sebastopol, cidade situada na península da Crimeia. "Devido aos contínuos distúrbios ocasionados pelas forças russas evacuamos com pesar nosso consulado de Sebastopol na Crimeia, Ucrânia" escreveu Sikorski.
A Polônia, que faz limite com a Ucrânia e a Rússia, se destacou como impulsor do acordo entre Kiev e a UE.