A Rússia anunciou nesta terça-feira (25) sanções contra diretores de empresas de defesa e armamento europeias que fornecem armas para a Ucrânia, como reação ao oitavo pacotes de penalizações imposto pela União Europeia (UE) contra a anexação por Moscou de quatro regiões ucranianas.
As medidas foram adotadas pela UE no último dia 6, referentes aos decretos assinados no Kremlin que determinaram a integração de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Moscou considera que as ações são “unilaterais” e “ilegítimas”, já que no seu entendimento minariam as faculdades legais internacionais do Conselho de Segurança da ONU, as quais permitem a autodeterminação dos povos – as anexações foram votadas em referendos, considerados fraudulentos pela Ucrânia e pelo Ocidente.
Além disso, a Rússia acusa a Comissão Europeia de “ignorar durante muitos anos” a “discriminação e o extermínio” da população russa nas regiões ucranianas anexadas.
As sanções russas também afetarão os membros da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, que adotou uma resolução considerada antirrussa pelo Kremlin em meados de outubro.
Por tudo isso, Moscou decidiu ampliar a lista de representantes dos países membros da UE que terão proibidas a entrada no território russo.
“Insistimos que qualquer ação não amistosa por parte dos países ocidentais receberá, no futuro, uma resposta oportuna e adequada”, indica comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
O oitavo pacote de sanções inclui um compromisso de permitir que o petróleo e os produtos petrolíferos russos sejam transportados globalmente somente se Moscou puder vendê-los por um preço fixo ou abaixo dele, a fim de diminuir suas receitas para financiar a campanha militar na Ucrânia.
A nova rodada também proíbe os cidadãos europeus de fazerem parte dos conselhos de administração das empresas estatais russas e adota sanções contra empresas da Rússia como a Alrosa, uma das maiores produtoras de diamantes do mundo.