A Rússia anunciou nesta sexta-feira que pretende restaurar a cooperação militar com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), quase dois anos após o esfriamento das relações durante a guerra na Geórgia, informaram agências de notícias russas.
"Estamos novamente prontos a buscar juntos as respostas aos desafios e ameaças modernas à segurança internacional, assim como as soluções mutuamente aceitáveis aos problemas que se agravaram", disse o general Nikolai Makarov, chefe do estado-maior das Forças Armadas, segundo a agência de notícias Interfax.
Ele falou após encontrar-se com o almirante Giampaolo Di Paola, presidente do comitê militar da Otan, em Moscou.
Os laços entre Otan e Rússia permaneceram congelados depois que a Rússia enviou soldados para esmagar uma ofensiva da Geórgia contra a região separatista da Ossétia do Sul em agosto de 2008. A Geórgia, uma ex-república soviética, havia recebido a promessa de tornar-se membro da Otan.
A Rússia permanece crítica à expansão da Otan para o Oriente, pois Moscou percebe isso como uma ameaça direta à segurança da nação.
Mas essas preocupações foram atenuadas nos últimos tempos, já que os conflitos na Geórgia com os grupos separatistas internos pró-Moscou atrapalharam a candidatura do país na Otan. Além disso, a nova liderança da Ucrânia, favorável a Moscou, enterrou os planos de se tornar membro da organização.