A Rússia criticou a Coreia do Norte pelo lançamento desafiador de um foguete nesta sexta-feira (13), mas disse que se opõe a novas sanções contra o governo norte-coreano e se uniu à China ao pedir sobriedade aos países da região. "Não acreditamos em novas sanções - elas não farão nada em termos de resolver a situação", afirmou o chanceler russo, Sergei Lavrov, após conversar com os ministros das Relações Exteriores da China e Índia. Ele disse em coletiva de imprensa conjunta que o Conselho de Segurança da ONU deve responder ao lançamento da Coreia do Norte, o qual a Rússia e outras nações afirmam ter violado sanções do Conselho, mas indicou que restrições comerciais ou ameaças militares seriam contraprodutivas. "Nós discutimos a questão nuclear na península coreana e o lançamento mal-sucedido do foguete", disse Lavrov. "Estamos convencidos de que é necessário responder aos desafios que temos em mãos exclusivamente por meios políticos e diplomáticos". O chanceler chinês, Yang Jiechi, que falou por meio de um intérprete, expressou preocupação como o lançamento do foguete e disse que Pequim esperava por "ações sóbrias dos lados correspondentes com o objetivo de preservar a estabilidade na península". O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir nesta sexta-feira para discutir uma possível condenação ao lançamento. A oposição de China e Rússia, dois países com assentos permanentes e poder de veto no Conselho, significa que novas sanções são altamente improváveis.

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