A Rússia questionou nesta terça-feira (8) a capacidade da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de "garantir a confidencialidade" de seus documentos. A declaração foi dada em relação ao relatório da AIEA sobre o programa nuclear iraniano, que na opinião dos russos alimentou "tensões" entre as grandes potências e Teerã. O comunicado foi feito pelo Ministério de Relações Exteriores.
"Moscou está muito decepcionada porque o relatório da sobre o Irã está se transformando em uma fonte que soma tensões aos problemas relacionados ao programa nuclear iraniano", afirmou o Ministério de Relações Exteriores. A Rússia afirmou ainda em seu comunicado não ter "recebido o texto completo do relatório", questiona
Há várias semanas, diplomatas ocidentais afirmaram na imprensa que o relatório faz eco às suspeitas sobre as ambições militares do programa nuclear iraniano, o que Teerã sempre desmentiu.
O presidente israelense, Shimon Peres, havia advertido no domingo (6) que "a possibilidade de um ataque militar contra o Irã" - adversário de Israel - estava mais próxima que uma opção diplomática.
Nesta terça-feira, em um relatório confidencial ao qual a AFP teve acesso, a AIEA expressa "sérias preocupações sobre uma possível dimensão militar do programa nuclear iraniano", baseando-se em informações "confiáveis".
A Rússia afirmou que a publicação das conclusões desse documento leva dificuldades aos esforços diplomáticos.
"Temos nossas dúvidas sobre a justificação das medidas vinculadas à ampla publicação do conteúdo do relatório", descatou o Ministério de Relações Exteriores, considerando que o princípio sobre o tema iraniano devia "não causar prejuízos".
Washington e seus aliados ocidentais não ocultaram sua intenção de utilizar o relatório da AIEA para endurecer suas sanções individuais contra o Irã e tentar convencer Moscou e Pequim, até agora reticentes, a reforçar as adotadas pela ONU desde 2007.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas