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Regime de Putin

Rússia usa morte de general para justificar invasão à Ucrânia

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O ditador Vladimir Putin: Kremlin classificou ataque que matou general russo como ato terrorista de Kiev (Foto: EPA/MICHAEL KLIMENTYEV / SPUTNIK / KREMLIN)

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O Kremlin afirmou nesta quarta-feira (18) que a morte em Moscou do tenente-general Igor Kirilov, chefe da defesa radiológica, química e biológica da Rússia, "prova" que Moscou "está certa" no conflito na Ucrânia.

"Entendemos perfeitamente quem é nosso inimigo e isso (o assassinato de Kirilov) só mostra que estamos certos no contexto da operação militar especial [invasão russa]", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária por telefone.

Peskov acrescentou que o ditador russo, Vladimir Putin, ofereceu suas condolências pela morte de Kirilov e elogiou o bom trabalho dos serviços secretos russos.

"Neste caso, nossos serviços especiais e agências policiais trabalharam de forma eficiente e rápida", declarou, apesar do caso demonstrar uma ineficiência do regime em identificar uma ameaça dentro do país.

Horas antes, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, ex-KGB) anunciou a prisão do suposto autor do atentado que matou Kirilov e seu assessor.

De acordo com um comunicado do FSB divulgado por agências de notícia russas, o detido é um cidadão do Uzbequistão, de 29 anos, que teria confessado ter sido recrutado pelos serviços secretos da Ucrânia.

O canal de Telegram Baza, considerado próximo aos serviços especiais russos, transmitiu um vídeo supostamente do interrogatório do autor do ataque, no qual um jovem confessa que foi recrutado pelos serviços especiais ucranianos para assassinar o general russo.

O detido teria viajado para Moscou em nome de seus empregadores, onde recebeu um dispositivo explosivo de alta potência e o escondeu em um patinete elétrico que estacionou ao lado da entrada do prédio onde Kirilov morava, detalhou o comunicado à imprensa.

O FSB acrescentou que, assim que o detido viu a imagem dos militares saindo pela entrada do prédio, detonou remotamente a bomba que matou Kirilov e seu assistente.

Ainda segundo o comunicado, os serviços secretos ucranianos teriam prometido ao detido US$ 100.000 (cerca de R$ 610.000) e a oportunidade de se estabelecer em um país da União Europeia.

O Ministério do Interior russo acrescentou que o cidadão uzbeque foi detido em uma vila a 30 quilômetros ao leste de Moscou.

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