O presidente finlandês, Sauli Niinisto, em entrevista coletiva na Casa Branca na quinta-feira (19), após encontro com o homólogo Joe Biden a respeito da entrada do país e da Suécia na OTAN| Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO
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A empresa estatal de energia da Finlândia, Gasum, anunciou nesta sexta-feira (20) que a também estatal russa Gazprom deixará de fornecer gás natural ao país neste sábado (21).

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A justificativa oficial é que a Gasum se recusou a pagar pelas exportações russas do combustível em rublos, mesma razão pela qual a Gazprom interrompeu o fornecimento para a Bulgária e a Polônia.

Entretanto, a medida é encarada como uma retaliação de Moscou ao pedido de Finlândia e Suécia para entrarem na OTAN, a aliança militar do Ocidente, apresentado esta semana.

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“É altamente lamentável que o fornecimento de gás natural sob nosso contrato agora seja interrompido”, disse o presidente-executivo da Gasum, Mika Wiljanen, em declaração reproduzida pelo Washington Post.

“No entanto, vínhamos nos preparado cuidadosamente para esta situação e, desde que não haja interrupções na rede de transporte de gás natural, poderemos fornecer gás natural a todos os nossos clientes nos próximos meses”, acrescentou.

A Gasum informou que agora obterá o combustível através do gasoduto Balticconnector, que liga a Finlândia à Estônia e dá acesso a gás natural da Letônia. Embora a maior parte do gás natural consumido pela Finlândia venha da Rússia, esse tipo de combustível representa apenas cerca de 5% do consumo de energia do país nórdico.

Na semana passada, a RAO Nordic Oy, braço europeu da empresa de energia russa Inter RAO, já havia anunciado o corte no fornecimento de energia elétrica à Finlândia, alegando falta de pagamento.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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