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Discriminação

Rússia veta diabéticos e doentes em cargos públicos

A imprensa russa publicou, nesta sexta-feira, uma orientação aprovada em janeiro pelo Ministério da Saúde da Rússia que veta a admissão para cargos públicos de diabéticos, cardíacos, doentes crônicos ou incapacitados.

A medida foi denunciada pelo jornal de circulação nacional "Komsomoloskaia Pravda", que publicou uma fotocópia do documento oficial aprovado em 18 de janeiro.

Segundo o jornal, a circular diz que não poderão ocupar cargos públicos pessoas diabéticas, pacientes que sofrem de tuberculose e obesos com problemas respiratórios ou cardíacos.

Também ficam proibidos de exercer um cargo público aqueles que apresentam problemas de crescimento, tanto o gigantismo quanto o nanismo, assim como hemofílicos ou pessoas que sofrem de infecções, entre outros problemas de saúde.

Na Rússia, são realizados rigorosos exames médicos entre aspirantes a empregos estatais, mas não havia até então normas explícitas para a exclusão de pessoas doentes, com exceção para casos de alcoolismo ou graves distúrbios psiquiátricos.

O jornal ironiza a longa série de doenças que podem excluir candidatos a cargos públicos na lista do ministério, em primeiro lugar as doenças venéreas.

A medida, obviamente não divulgada pelas autoridades, corre o risco de ser declarada inconstitucional.

- Em um país civilizado, o redator de um documento do tipo deveria não apenas ser destituído, mas também ser preso. Conheço funcionários públicos que sofrem de diabetes e não por isso são menos inteligentes ou menos eficientes. A medida é absurda e discriminatória - disse o economista Mikhail Deliaguin, ex-conselheiro do governo para cargos públicos.

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