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Um homem que matou a facadas uma egípcia grávida durante um julgamento, revoltando o mundo muçulmano, foi sentenciado à prisão perpétua nesta quarta-feira.

Alex Wiens, de 28 anos, foi acusado de matar Marwa El-Sherbiny esfaqueando-a 16 vezes na frente do marido e do filho de três anos, em um caso que chocou a Alemanha e provocou protestos no Egito e no Irã. A imprensa nos países islâmicos descreveu-a como "mártir do véu".

"Isso mostra que violência, ódio racial e intolerância não têm lugar na Alemanha", disse o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle.

Wiens, um alemão de origem russa, também foi condenado por tentativa de homicídio por esfaquear o marido de Sherbiny, Elwy Okaz, que tentou defendê-la.

Okaz foi atingido por um tiro na perna disparado por um guarda que o confundiu com o atacante. Ele apareceu no tribunal de muletas, tendo testemunhado mais cedo como foi ver a mulher sangrando até a morte.

O assassinato aconteceu em um tribunal de Dresden, onde Wiens apelava de uma condenação por insultar Sherbiny ao chamá-la de "islamista", "terrorista" e "porca" quando ela pediu que ele se afastasse para que o filho dela pudesse brincar no balanço de um parquinho.

A Alemanha tem a segunda maior população muçulmana da Europa Ocidental, depois da França, e alguns grupos criticaram o governo alemão por levar vários dias para condenar o assassino.

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