A empresa aérea irlandesa Ryanair aceitou reembolsar os passageiros por gastos decorrentes da interrupção dos voos na Europa por uma semana nem consequência da nuvem de cinzas de um vulcão na Islândia, mas só cobrindo os gastos comprovados com recibos.

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Maior companhia aérea de baixo custo da Europa, a Ryanair disse inicialmente que só aceitaria cobrir despesas até o valor pago pela passagem -- o que em muitos casos não chega a 30 euros.

Em nota nesta quinta-feira, no entanto, a companhia recuou e disse que cumprirá os regulamentos da União Europeia. Mas acrescentou: "Sob (a regra) UE261, os passageiros não têm direito a compensação, já que o fechamento do espaço aéreo europeu nos últimos sete dias estava além do controle das linhas aéreas europeias."

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Políticos e jornais criticaram a Ryanair por não se oferecerem imediatamente para indenizar os passageiros pelos gastos decorrentes do caos aéreo na Europa. O executivo-chefe da empresa, Michael O'Leary, disse que o recuo não foi motivado pela pressão política.

"Cedemos à pressão nos jornais e dos nossos próprios clientes. Dissemos que agora vamos cumprir, mas não por causa de qualquer pressão de algum político idiota", disse O'Leary ao canal Sky News.

Helen Kearns, porta-voz da Comissão de Transportes da União Europeia, declarou que "não há desconto nos direitos dos passageiros aéreos nas linhas aéreas que dão desconto", e que "a Ryanair terá de aplicar (tais direitos) como qualquer outra."

A Iata, entidade internacional de empresas aéreas, pediu aos governos que avaliem formas de indenizarem as empresas pelos prejuízos do setor, estimados em cerca de 250 milhões de dólares por dia.

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